domingo, março 15, 2009

Mudança!

Olá, amigos!

Quero informá-los que estou com um blog novo. Uma imensa necessidade de mudança me levou a criá-lo.
O novo endereço é: http://cadernodeprosas.blogspot.com.
Nos vemos por lá.

Abraços.

Larissa.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

palavras, atitudes e pensamentos distantes.

Nem sempre é possível esconder. Algumas situações causam transtorno, nos deixam sem dormir e levam o pensamento para lugares bem distantes. Faz parte da vida (e do próprio homem) conviver com o sofrimento. Palavra fria, daquelas que provocam arrepios. E não é difícil encontrar as razões para o sofrer da maioria das pessoas. Os motivos geralmente estão associados às atitudes de outras pessoas. É fato.
As amarguras se revelam nas traições, confissões, no jogo de cão e gato entre vícios e virtudes. Fazemos planos que não incluem apenas a nós mesmos e, por isso, corremos o risco de padecer de uma doença chamada frustração. Será possível ter o corpo fechado para ela? Creio que não. Não há como controlar os passos dos que caminham ao nosso lado, nem forçá-los a seguir em uma estrada que não os atrai. Camisa de força é útil apenas para casos muito específicos.
Essa vida parece mais um curso. Conviver com os sofrimentos e encará-los sem medo pode ser o primeiro passo para um desempenho razoável. Quem sabe dê para tirar um 7. Quanta pretensão...

sábado, fevereiro 21, 2009

Hora do Planeta



Hora do Planeta é um movimento criado em 2007 pela ONG WWF Austrália. A idéia tem como objetivo alertar a população mundial para as consequências do Aquecimento Global e mobilizar ações marcadas pela sustentabilidade. No dia 31 de março de 2007, 2,2 milhões de habitantes de Sidney (Austrália) apagaram as luzes de suas casas por uma hora.

A iniciativa motivou outros países a fazer o mesmo. Na segunda edição do evento, em 29 de março de 2008, 50 milhões de pessoas de 35 países e mais de 370 cidades aderiram ao "apagão". Monumentos como o Coliseu, em Roma, e a Golden Gate, em São Francisco, ficaram às escuras em apoio ao projeto.

Este ano, a Hora do Planeta ocorrerá no dia 28 de março, a partir das 20h e 30 minutos. É a primeira vez que o Brasil tem seu nome entre as nações participantes. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já anunciou a adesão da cidade ao movimento. As luzes de monumentos cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a Orla de Copacabana serão desligadas. Governos, empresas e população são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.

Para participar da Hora do Planeta basta se cadastrar aqui e ficar às escuras no dia e horário combinados. Este ato simbólico é uma oportunidade para refletir sobre o que cada um de nós tem feito pelo Planeta e para reunir diferentes setores da sociedade que possam, juntos, desenvolver ações em defesa do meio ambiente. Só reflexão não basta!






quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Watchmen.


6 de março de 2009. Esta é a data de estréia do filme Watchmen nos cinemas. Do mesmo diretor de 300 (Zack Snyder), o longa é baseado na história em quadrinhos de mesmo nome, escrita pelo inigualável Alan Moore.
Quem já leu a série, compreende porque ela é aclamada como uma das grandes obras literárias de todos os tempos (perdoem-me o lugar comum, mas fato é fato).
Watchmen retrata a cidade de Nova York e todo o clima de insegurança de uma época marcada pela Guerra Fria. A atuação ineficiente do Estado no combate à violência leva ao surgimento de grupos de heróis que tomam para si a tarefa de defender a sociedade.
Após certo tempo, a atuação dos vigilantes começa a ser questionada pela população, que não cansa de perguntar: Quem vigia os vigilantes? Os heróis, hostilizados, deixam o caminho livre para que um terrível plano de destruição seja colocado em prática. Apenas um mascarado não se rende: Rorschach.
Clique aqui para assistir ao trailer do filme.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Relato de um certo encontro.

"Mais do que o rio, uma impossibilidade que vinha de não sei onde detinha-me ao pensar na travessia, na outra margem."

(Milton Hatoum)



Não espere de mim a mesma perfeição de Hatoum para descrever os encantos amazônicos. Embora tenha nascido em Manaus, nunca cheguei a morar na cidade, ao contrário do célebre escritor que desvendou as mais escondidas ruas e mergulhou na alma dos homens do norte. As minhas impressões são diferentes. Enxergo tudo com os olhos da fascinação turística, com a mesma faceirice da criança que acaba de abrir o aguardado presente.
Passar um mês inteiro em Manaus aumentou ainda mais meu interesse pela cultura e pelo vasto saber de um povo que venera o rio e a floresta. Impossível esconder a expectativa quando se está em um barco cercado de água por todos os lados, prestes a desvendar alguns dos tantos segredos escondidos entre as árvores gigantescas.
As descobertas vão muito além das plantas e animais exóticos. Antes de tudo, trata-se de uma experiência engrandecedora, uma oportunidade única para refletir sobre si e conectar as forças divinas da natureza com o divino que vive em nós.


Dica: Descobrir as obras de Milton Hatoum foi uma das surpresas da viagem. O autor, que nasceu em Manaus em 1952, é descendente de libaneses. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Estreiou em 1989 com o livro Relato de um certo Oriente, seguido de Dois irmãos, ambos ganhadores do Prêmio Jabuti de melhor romance e publicados em oito países. Por Cinzas do Norte recebeu seu terceiro Jabuti, além dos prêmios Bravo!, APCA e Portugal Telecom de Literatura em 2006. Seu romance mais recente é Órfãos do Eldorado, de 2008, que teve seus direitos vendidos para treze países.


*Foto: Encontro das Águas (Larissa Campos)

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Igualdade virtual

Assim que estacionei, aquele garoto ruivo, de bermuda jeans e camiseta encardida, correu até mim e pediu para guardar o carro enquanto eu passeava no shopping center. Aceitei, recomendando a ele que realmente ficasse de olho no veículo. O menino devia ter uns 15 anos, era franzino, tinha os olhos negros como as noites de verão, a pele queimada de sol e o sorriso largo.

E lá fui eu, rodar entre vitrines enfeitadas, feitas unicamente para despertar a vontade de comprar. O shopping é a Meca do capital. Nele, os desejos humanos são colocados à prova e, para ser feliz, basta levar alguns produtos para casa. É a lógica da transferência, que induz muitas pessoas a buscarem a realização através das faturas de um cartão de crédito. Quem pode, paga à vista. Quem não pode, parcela a falsa felicidade em suaves prestações.

O motivo que me levou ao shopping era simples. Trocar uma blusa que ganhei recentemente e ficou apertada. Gastei 20 minutos para realizar esse procedimento e voltei até o local onde o carro estava estacionado. Era noite e, por isso, eu tomava todos aqueles cuidados típicos de quem tem mania de perseguição. Ou talvez isso seja apenas uma característica do homem moderno, com medo de se tornar mais uma vítima da violência.

Quando cheguei ao carro, notei que o garoto não estava por perto. Minha primeira reação foi de desgosto e reprovação. Logo pensei: “Eu sabia que ele não cuidaria o carro”. Olhei mais um pouco em volta e nada dele. Decidi ir embora. Já no carro, enxerguei pelo retrovisor uma figura magra, ruiva e sardenta, que subia a rua correndo. Era o menino. “Não cuidou o carro e ainda quer me levar uns trocados”, conclui. Quando já ia arrancar, ele gritou para que eu esperasse. O instinto me dizia para obedecê-lo.

O garoto chegou pedindo desculpas e confessou: “Eu tava na lan house, tia. Nem vi o tempo passar”. Curiosa, perguntei a ele por que gostava da lan house. Ele pensou um pouco e me disse que era divertido visitar os sites, conversar nas salas de bate papo, saber do que acontecia pelo mundo e jogar com os outros meninos. “Quando tô lá esqueço tudo. Parece outro mundo”, falou enquanto gesticulava. Sorri, porque não havia nada a dizer diante daquela situação emudecedora. Então tirei alguns trocados da carteira e parti.

No caminho, eu pensava naquele jovem. Não era nada estranho que gostasse do mundo virtual. Na lan house, ele era como qualquer outro menino em busca de diversão. A internet lhe oferecia um mundo novo, colorido e infinito, diferente da realidade. Na lan house ele não era pobre, excluído nem rejeitado. Como deviam ser mágicos aqueles momentos em frente ao computador. Era quando deixava de ser apenas um guardador de carros.


Larissa Campos

quarta-feira, janeiro 28, 2009

21 de janeiro de 2009


Don't forget to keep that smile on your face.

*Férias em Manaus com direito a show de Alanis Morissette. Momento muito especial!

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