quinta-feira, abril 21, 2005

Complicanção...



A canção que canto agora
Me veio em noite sem luar
Não havia vinho nem cigarro
Muito menos mesa de bar

Mandei a tristeza pra lá
pra alegria poder chegar

Cansei dos desenhos sombrios
Dos corações partidos
Quero não pensar no desgosto
Esquecer os amores perdidos.

Não espalhar dor pelo ar
Fingir que amar é facilitar.

Larissa Campos

=> foto by Nanda Johns

terça-feira, abril 19, 2005

Curumim chama Cunhantã que eu vou contar...


"Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia era dia de indio."
(Jorge Benjor)



Não é difícil ouvir comentários um tanto hostis em relação aos povos indígenas. Para caracterizá-los, muitas pessoas não poupam adjetivos ruins.
A política adotada no Brasil para tratamento a esses povos foi (e continua sendo) um fracasso. Há muito a ser discutido. Em viagens a região norte do Mato Grosso, pude ver com meus próprios olhos como essas pessoas estão entregas ao descaso. Entidades como a Funai alugam casas nas cidades e as deixam abarrotadas. Estes lugares acabam se tornando grandes focos de doenças como a tuberculose. Sem falar da desnutrição e de tantos outros problemas.
Particularmente, acredito que os povos indígenas tenham sido as principais vítimas de uma política frustrada. Enfim: descaso, descaso e mais descaso.
Quero muito saber o que vocês, que visitam este blog, acham sobre o assunto.
Até.

Larissa.

obs: Cartas de Rodez (espetáculo exibido no Sesc no último domingo) foi ótimo!

"Eu escolhi ser louco, para não pertencer ao grupo deles..."

quarta-feira, abril 13, 2005

Meus motivos....

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles

=> alcanos, alcenos, alcinos, ciclenos.... ufa! E como diria Raul: "A escola não me ensina nada do que eu quero aprender."
Até!

sexta-feira, abril 08, 2005

Sonâmbulos.com (Parte II)



Os cobertores são correntes:
Não me deixam levantar.
São doces vozes insistentes
Insatisfeitas e amarguradas.
Vínculo noturno
Que o dia precisa quebrar.

Larissa Campos.

=> Parabéns Cuiabá! :) Amo-te!